quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Fanfic Blair e Chuck Capítulo 25 - May Angels Lead You In

Chuck
Ele estava nervoso. Muito nervoso. Com uma intensidade que nunca havia sentido em toda sua vida.
Chuck olhou o quarto, orgulhoso pelo seu trabalho. É claro que a equipe do Empire o havia ajudado, mas a idéia fora toda dele.
Não sabia ao certo quando ela chegaria, mas checou o relógio pela milésima vez naquela noite.
Ele tocou o bolso do terno, e sentiu a forma quadrada da caixinha.
Tudo estava preparado, ele estava pronto. Mas aquele momento ainda estava incompleto.
No mesmo instante em que o pensamento lhe atravessou a mente, a porta do elevador se abriu. E de repente, ali estava ela. Impecável como sempre. Ele rapidamente olhou para sua mão e notou que o anel de noivado já não permanecia mais ali.
- Caramba, Bass! É melhor que você esteja satisf... – ela começou, mas perdeu a voz enquanto olhava o lugar. Notando sua reação, Chuck abriu um sorriso orgulhoso.
Blair não conseguia acreditar. Não, aquele definitivamente não poderia ser o mesmo apartamento... Poderia? Sua boca levemente se abriu enquanto ela encarava o chão, chocada.
Milhares de peônias estavam espalhadas. Algumas rosa-escuras, outras rosa-claras, e ainda haviam as vermelhas. Juntas elas formavam uma espécie de mosaico abstrato.
Também haviam velas, várias velas. Estas preenchiam alguns espaços vazios entre as flores, criando o efeito de um céu estrelado ao lado oposto de onde deveria estar.
- O que... – Blair vasculhava seu cérebro, procurando juntar palavras e esperar formar uma frase que fizesse o mínimo de sentido. Ela estava em choque. – O que é isso? – ela olhou para Chuck, esperando uma resposta.
- Algo que você mereceu. – ele disse simplesmente e sorriu.
Blair continuava com a mesma expressão de surpresa. Ela não entendia o que ele estava fazendo... Qual era a razão para tudo isso?  
Chuck carinhosamente pegou suas mãos, acariciando-as. Ele respirou fundo e começou seu discurso. Blair notou que seu vestido estava combinando com a gravata rosa de Chuck. Ela simplesmente amava quando isso acontecia. Ainda mais quando era uma total e completa coincidência! Espantando seus devaneios de sua cabeça, ela voltou a concentrar-se na conversa.
- Como você sabe, minha infância não foi um período do qual eu gosto de me recordar. – ele chacoalhou a cabeça. – Aliás, sejamos sinceros, eu não gosto de me recordar de praticamente nenhum período da minha vida. – ele olhou para o lado, percebendo que aquela sentença ainda não lhe parecia correta. – Bem, exceto alguns. – ele disse ao se lembrar da época em que namorou firme com Blair. Céus, ele nunca havia sido tão feliz.
Chuck limpou a garganta, percebendo que estava perdendo o ponto.
- Enfim, o que quero dizer é que minha infância em especial não foi... Agradável. – Blair o olhava cautelosamente. – Meu pai raramente tinha tempo para algo mais do que administrar sua empresa e minha mãe... – ele parou, por um momento encontrando dificuldade para continuar. – Bem, a pessoa que mais era associada a uma figura materna por mim, era minha babá. Minhas babás, já que ninguém aguentava por muito tempo o pequeno Chuck. – Blair riu, e Chuck ficou aliviado ao ver que ela já não se encontrava mais num estado paralisado.
- Por muito tempo, minha família foram os funcionários dos hotéis em que morei. Alguns deles até se importavam comigo, inexplicavelmente. Mas a verdade é que, desde que nasci, minha família foram mesmo os meus amigos. Sempre estiveram ali, crescendo comigo. Compartilhei com Nate desde a minha primeira nota 10, até meu primeiro baseado. Que consequentemente no dia seguinte resultou em minha primeira nota zero. Provavelmente não foi nossa melhor escolha ficar chapados antes da prova de História.
Blair ria com ele, escutando atentamente às palavras de Chuck.
- Também havia Serena, a garota que sempre nos tirava da pior, sempre conseguia agitar uma festa. – Blair levantou as sobrancelhas, como se dissesse “E como!”.
- E havia Blair Waldorf. – ela ficou séria por um momento, achando que ele começaria a falar de suas mil e uma qualidades. – Uma garota mimada, emburrada, irritadinha, nunca aceitava a opinião de ninguém que não fosse a... – um vinco surgiu em sua testa enquanto ele continuava desenvolvendo o tema, mas ele parou ao ser surpreendido com um tapa na testa.
- Ei! – ele disse quando acordou de seus devaneios, lembrando-se daquela mini-Blair.
- Eu não estou ficando nem um pouco feliz aqui, Chuck. – ela cruzou os braços.
- Você poderia simplesmente calar a boca e me escutar? Caso você não tenha percebido, estou fazendo algo importante. – ele pegou nas mãos da morena novamente, que revirou os olhos.
- Voltando ao assunto... Ah, sim. Blair. Bem, ao meu ver ela sempre pertenceu ao meu querido Nathaniel... – ele abriu um sorriso perigoso. – Mas certo dia, na parte de trás de uma limusine...
- CHUCK! VÁ DIRETO AO PONTO! – ela disse, irritando-se. Seu coração se acelerou levemente.
- Certo, certo. Já estou terminando! O que quero dizer é que, com um simples beijo, e talvez uma dança burlesca tenha ajudado também, devo admitir. – ele levou outro tapa, dessa vez no ombro. Mas Blair também ria com ele. – Enfim, com aquele beijo ela conseguiu virar meu mundo de cabeça para baixo. E de repente não era mais o oxigênio que me mantinha vivo... Era ela. – ele voltou a ficar sério, e notou que algumas lágrimas começavam a se formar nos grandes olhos castanhos de Blair.
- A simples maneira como ela tocava seu cabelo. O modo como ela andava. O jeito como ela era tão obcecada por em entrar em Yale. Seu cheiro... Que me embriagava como o mais refinado dos vinhos. E principalmente, a irritante maneira como ela negava bravamente me amar, sem estar ciente de que seus olhos me diziam a verdade.
Ela riu mais uma vez, e quando piscou, as lágrimas que anteriormente descansavam em seus olhos não puderam evitar rolar por seu rosto.
- Por todos esses motivos, aquela garota me conquistou. Se tornou alguém da qual eu não conseguia mais fugir, porque forças sempre nos puxavam de volta. Uma hora eu percebi que não conseguia mais me enganar: eu a amava.
Com cuidado, ele pegou a caixinha dentro de seu terno, ajoelhando-se em meio às flores. Segurando a mão esquerda de Blair, as palavras saíram de sua boca.
- Blair Cornelia Waldorf. – ele respirou fundo e revelou o brilhante anél de noivado. – Você aceita se casar comigo?
Blair automaticamente sorriu, mais lágrimas caíam de seus olhos. Depois de alguns segundos de choque, ela começou a balançar a cabeça, concordando.
- Sim. Sim, é claro que sim! – Chuck sorriu também, e rapidamente colocou o anél do dedo de Blair.
Ele se levantou, e sem pensar duas vezes a beijou. Um beijo delicado, mas ao mesmo tempo apaixonado.
Céus, como ele a amava. Chegava a ser insano.
Ela gentilmente – e com uma dificuldade maior do que ela gostaria de admitir – se afastou dos lábios de Chuck.
- Eu te amo, Chuck Bass. – ela disse, ambos conectados por um olhar profundo.
- Eu também te amo. – ele fechou os olhos e encostou sua testa na dela, desejando nunca esquecer esse momento. Blair não chorava mais sozinha, Chuck também havia cedido aos seus sentimentos. - Sem mais erros.
- Só eu e você. – ela concordou.
- Desculpe, mas... Não está se esquecendo de mais alguém? – ele sorriu e tocou a barriga de Blair. Ela riu em meio às lágrimas.
- Só eu, você, e o nosso bebê.
- Muito melhor. – ele aprovou, e então voltou a beijá-la.
Aquele beijo. Do qual ele sentira tanta falta.
Era difícil descrever o que ele sentia quando a beijava. Era como se um frenesi tomasse conta de seu corpo, e ele simplesmente não conseguia se afastar nem um milímetro que fosse dela. Parecia um crime tentar. E mesmo que tentasse - o que ele raramente fazia - Blair o atraía de volta. Como dois imãs, inseparáveis. Aquela química, a conexão que tinham, Chuck havia sentido com ela e ninguém mais.
Pouco a pouco, cada peça de roupa foi retirada. O lindo vestido de Blair havia se perdido em algum lugar do chão. Assim como o terno, a camisa listrada, e a gravata de Chuck.
Chuck a deitou na cama, e de repente não haviam mais tecidos os separando.
Ele traçou um caminho por seu pescoço, queria fazê-la se sentir tão bem quanto ele se sentia naquele momento. Olhando rapidamente para cima, ficou orgulhoso ao notar o leve sorriso no rosto de Blair.
Ele parou de beijá-la por um momento, e encontrou seus olhos confusos.
- O quê? – ela perguntou, equilibrando-se nos cotovelos. Chuck a prendia com os braços ao seu redor, apoiando na cama. De modo que seus rostos ainda estavam muito próximos.
- Achei que você tinha dito que não iria dormir comigo pelos próximos um milhão de anos. – ele zombou, um sorriso convencido e levemente pretensioso cruzou seu rosto.
Blair substituiu a expressão preocupada por uma outra inocente. Ela arqueou as sobrancelhas e olhou para o lado, mordendo seu lábio inferior.
- Bem, já que você fez questão de me lembrar di... – Mas ela não conseguiu terminar sua frase, Chuck a havia calado com mais um beijo. – Eu acho que posso abrir uma exceção.
Ele sorriu com o canto da boca, sem interromper o beijo novamente. Chuck não conseguia acreditar nos fatos daquela noite. Tudo o que conseguia fazer era se sentir muito bem. E também um pouco egoísta, pensando seriamente em mantê-la naquele apartamento para sempre, sem dar às outras pessoas o luxo da companhia de Blair, sem compartilhá-la com ninguém mais. Eles não a mereciam.
Chuck a puxou para mais perto dele, se é que isso ainda era possível. Ele só queria fazer aquele momento durar para sempre.
Porque agora era oficial: Blair era dele. dele.


OBS: direitos autorais de http://gossipgirlmeuvicio.blogspot.com

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