sábado, 17 de abril de 2010

Robert Pattinson Se Considera Um Cara Romântico


NOVA YORK – “Um pouco confuso, mas sim, eu acho que sou do tipo romântico,” diz o ator Robert Pattinson, que depois do mega sucesso global atingido pela saga de vampiros Twilight, acredita no drama romântico Remember Me, de Allen Coulter, que estréia na próxima Quinta-feira.
“Se ser romântico significa não ser cínico e manter a inocência de relacionamentos, nesse sentido eu sou do tipo romântico,” diz Pattinson, alguns minutos depois de ter entrado em uma suíte no hotel Regency, de Manhattan, cercado por uma comitiva de publicistas, assistentes, guarda-costas, que deram à seus comentários alguns toques totalmente irônicos.
Pela Park Avenue, um grande grupo de paparazzis ficam em guarda esperando para tentar pegar uma foto dele com sua “namorada,” Kristen Stewart, colega de elenco nos filmes de Twilight, e a quem, está evidente, que ele prefere não nomear. Apesar de que a animação gerada no caminho seja apenas uma mera presença, ou sentir-se bem em conversar com jornalistas estrangeiros, incluindo La Nacion, Pattinson deixa para trás toda sua aura de vampiro misterioso e, com seu cabelo despenteado, barba à fazer e vestido com jeans desbotados e uma camiseta cinza amarrotada, e Londres parece torná-lo um garoto normal de 23 anos, esperto e de boa. Ele tem um olho afiado, você parece ver cumplicidade quando falando com homens, e então em um instante pode se tornar intencionalmente enigmático, quase tímido, quando falando com uma mulher, o que claramente causa o efeito de desejo, especialmente em garotas adolescentes que ficam loucas por ele, no mundo todo.
Já sofreu na Big Apple (NY), onde eles filmaram Remember Me, no qual ele divide a cena com a australiana Emilie de Ravin, conhecida por seu trabalho na série Lost, onde ela interpreta Claire Littleton.
“Filmar em Nova York foi uma loucura total. Os paparazzis eram insuportáveis, todos gritando ao mesmo tempo para olhar para o lade deles, para tirarem uma foto enquanto eu estava filmando.” Você acha que eu consegue atuar? “Eu gritei e fiquei bravo muitas vezes. Mas quando você vê a situação por uma outra perspectiva, você entende o quanto isso tudo é ridículo, e se torna mais engraçado se você ignorar,” disse o jovem ator, que parece estar no controle da sua carreira.
- Como você encontra sua paz com toda a atenção que a mídia gera?
“Eu passo muito tempo pensando em como não ser visto, o que é algo foda, mas ultimamente vale a pena porque se ninguém sabe onde você está, eles não esperam do lado de fora do restaurante, e você pode aproveitar a vida. Eu não estou dizendo que é ruim pessoas virem e me pedirem fotos ou autógrafos. O que incomoda é pessoas que querem ganhar em cima da minha imagem ou da minha pessoa. Mas normalmente eu escapo desse monitoramento inflexível, e fica tudo bem.”
Eu suponho que seja ainda mais difícil quando a sua namorada é muito famosa, como Kristen Stewart…
“Hahaha. É difícil de qualquer jeito. Você tem que aceitar isso como parte da sua vida, é algo que vem com a carreira que você escolhe.”
Um britânico articulado, com boas maneiras e alegre durante a entrevista, sugere que Pattinson seja uma pessoa educada, pronto para mostrar, pelo menos hoje, que é diferente da imagem que a mídia e o público esculpiram de mim nesses últimos anos. Então isso foi muito o que atraiu para Remember Me, para o papel do Tyler, um estudante rebelde em Nova York que fatalmente revela no verão de 2001 que a tragédia do amor e felicidade podem ser parte da mesma moeda.
“É mais um filme sobre vida do que uma história de amor. Tem à ver com relacionamentos estabelecidos como um humado, com aqueles que são próximos à você e a quem você ama. Fala sobre como lidar com a perda e o luto, como isso nos afeta. Para muitas pessoas, a perda é assumida como parte da identidade deles, e algumas vezes é necessário superar essa perda e também deixar para trás parte dessa identidade construída; são emoções muito conflituosas e ricas de se explorar, então eu fiquei interessado no Tyler,” ele diz sobre seu personagem, cujo irmão mais velho comete suicídio, encarando uma situação difícil com seus pais divorciados (interpretados por Pierce Brosnan e Lena Olin) e uma irmã mais nova (Ruby Jerins).
- Você acha que esse personagem é o mais parecido com você que você já fez até então?
“Mmm… Eu nã sei. Eu acho que a pessoa sempre tenta encontrar coisas para se identificar com o personagem. Nesse caso, há coisas que eu vejo no Tyler que eu gostaria de ter. Isso seria, melhor dizendo, uma fantasia minha. No filme, Tyler está lutando o tempo todo e eu queria ter entrado em algumas brigas tantas vezes, mas eu não sei de jeito nenhum como ele nesse sentido. Eu bati algumas vezes em bares? Eu vi que isso aconteceria,” mas foi há muito tempo. Assim como essa rebeldia, eu sempre fiquei preocupado porque eu passei por uma fase de adolescente rebelde.
- Você precisa se rebelar contra as expectativas que aumentaram agora?
“Um pouco, mas quando os holofotes estão em você, a melhor coisa que você pode fazer é poder se manter como um mistério, não tentar se catalogar ou seguir a correntesa do que quer que a imprensa diga sobre você. Senão, você vai ficar o tempo todo gerando histórias na mídia e a sua pessoa pública não ajuda você na sua carreita. As pessoas levam muito à sério tudo o que você diz, e começam a criar um personagem do qual você fica inconsciente do que é de verdade. Também, se você fica o tempo todo aparecendo, eu acho que isso acaba cansativo para o público e quando eles vão ver seus filmes, eles vêem através da sua pessoa pública, e não através do personagem que você está interpretando.
Eu entendo. Então tentou enganar um pouco dizendo coisas como, que você é alérgico à vaginas, o quase não gera manchetes…
“Hahaha. Exatamente.”
- Você teve algum momento em particular no qual você percebeu em qual nível de fama você se encontra?
“Para mim, ser um dos apresentadores do Oscars no ano passado foi algo muito importante. Quando eu fui convidade eu pensei que era uma piada. Depois, naquela noite, sentado atrás de Mickey Rourke, eu não consegui entender o que eu estava fazendo lá. Foi um pouco doido, muito doido.

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